Segunda à sexta

Mas tem o outro lado que é poder fazer da segunda-feira uma sexta ou, melhor ainda, fazer de uma sexta-feira uma segunda. Quando há "volgas" (folgas, na linguagem do meu Gonçalo) à quarta e quinta, recomeçar a trabalhar à sexta é uma segunda-feira para mim. O que é bom. Porque anda toda a gente eufórica por ser sexta-feira e eu, com cara singela, digo apenas que a semana de trabalho está a hoje a começar. Mau? Nem por sombras. Melhor ainda é a minha sexta-feira passar para a segunda: quando folgo à terça e quarta! Vem toda a gente de rastos para o trabalho, para mais cinco dias de luta infernal (para alguns, é certo!) e eu com ar jovial posso dizer, apesar de correr o sério risco de meter nojo!): estou em véspera de fim-de-semana.
E pensar que no meu "domingo" não vou encontrar as repartições públicas fechadas, está tudo aberto, como se fosse só para mim. Poder acordar ao meio-dia em pleno dia de semana, saindo à rua com olheiras de quem acordou faz cinco minutos, quando todos se preparam para o almoço, celebrando a pausa de metada da jornada de trabalho completa.
É uma sensação única. As profissões deviam ser todas assim. O mundo inteiro devia ser assim. Nunca parar. Todos tinham descanso na mesma, só que não era ao mesmo tempo. Era o fim dos domingueiros e dos atrasos de vida que provocam no trânsito e onde quer que vão. Acabavam-se as enchentes nos centros comerciais e nas praias aos fin-de-semana. Aposto que o mundo era mais feliz assim. Eu sou. Mesmo quando tenho a minha segunda-feira à sexta, ou a minha sexta-feira à segunda.
Desde que te sintas feliz.... não há nada mais importante. E "volgas" deveriam ser quando um Homem/Mulher quisessem.
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Unknown |
10:08 da manhã
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