segunda-feira, dezembro 18, 2006

Bilhete para (des)esperar


Está na moda os bilhetes de espera. Não há repartição pública, consultório médico ou loja com grande volume de afluência que não tenha um desses rolos infinitos de números que são a razão suprema do meu desespero. Aliás, a moda está de tal forma enraízada que qualquer dia junto todos os que usar e utilizo em casa para dar direito de conferência aos membros da família.
- Pai precisava de falar contigo sobre...
- Já tiraste a tua senha? Então aguarda que o teu número seja chamado

- Querido vem aqui à cozinha para ajudar na...
- Qual é o número da tua senha? 37? Então ainda não chegou a tua vez

O rídiculo é tão grande que não há-de faltar muito para ser preciso tirar uma senha para conseguir um número para ser atendido. Não acreditam? Então leiam com atenção o que aconteceu hoje, no Continete do Vasco da Gama:

Depois de pagar, com grande rapidez nas novas caixas expresso (somos nós quem damos os produtos a ler o código de barras, a máquina vai somando a compras e depois pagamos conforme quisermos - dinheiro, multibanco ou visa), fui à secção dos embrulhos. Lá estava um desses rolos infinitos de números. Ia no 14 e a senha da minha mulher era o 39. Esperar? Nem pensar!
- Vamos pedir papel de embrulho e fazemos o trabalho em casa. Fiz o pedido educadamente, ao que a senhora respondeu para nos dirigirmos ao balcão de apoio a cliente. É justo. Fazer as meninas perder tempo ali era passar à frente de toda a gente. Fomos ao balcão de apoio a cliente. Pedimos o papel de embrulho, ao que a senhora disse que tínhamos de tirar o número e ser atendido na nossa vez. Olhei em volta e percebi que deveria estar ainda mais gente no balcão de apoio do que a embrulhar presentes. Resultado: viemos sem papel de embrulho. Eu pergunto: Para quê esperar pelo papel de embrulho se, provavelmente, seria mais rápido esperar que nos embrulhassem o presente no respectivo balcão? Enfim...

P.S. Para comentar, façam o favor de tirar a senha!

domingo, dezembro 17, 2006

Porque são os beijos sempre tão especiais

terça-feira, dezembro 12, 2006

Carolina arrependida

Estas coisas já só nos devem provocar risos. Vá lá, no mínimo, sorrisos. É claro que estas estórias de alcofa espelham bem o estado em que está o futebol português, mas a teia é de tal forma complicada que não me admira que as próprias aranhas que as teceram estejam, elas próprias, baralhadas sobre como sair dela.
O facto de Carolina Salgado se mostrar arrependida (ainda não se sabe é muito bem de quê...) ainda dá mais vontade de rir. Senão vejamos: pactuou durante quatro anos com situações que ela própria considera inaceitáveis (já para não falar naquelas cenas lamentáveis a que expôs em pleno estádio da Luz, no meio da claque dos SuperDragões). Mandou sovar um autarca, que agora a perdoa (ver 1ª página do Público de hoje) e está disposta a colaborar com a justiça. O bastonário da Ordem dos Advogados, que por acaso é presidente da Assembleia Geral do Sporting, já veio dizer que no direito nacional não existe estatuto de arrependido, mas que a mesma pessoa pode beneficiar de protecção especial ao abrigo de ser testemunha. O novo Procurador-geral da República, já disse que vai reunir com os seus mais directos colaboradores para saber qual o próximo passo a dar. Entretanto, seguem-se os interrogatórios no DIAP e o Apito Dourado segue o seu caminho.
O cozinhado, de repente, ficou salgado! Ao menos isso. De casos insossos estavamos nós cheios!
Gostava só de saber uma coisa: se Pinto da Costa não lhe tivesse dado com os pés, estaria esta história no ponto em que está? A que cheira-me a vingançazinha do mais reles. Curioso é, um dia destes, descobrirmos que foi uma mulher que desgraçou a vida do Jorge Nuno, como ela carinhosamente lhe chama...

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Centro Esquerda


Maria Cavaco Silva é do Centro-Esquerda. Diz hoje a "Primeira Dama" à Visão.

Não me espanta. Na mesma casa, nem todos podem ter a mesma doença!

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Glorioso malefício ao povo americano

Pode até ser uma perspectiva muito errada, mas não terá o filme do Borat muito mais razões para envergonhar o povo americano do que o cazaque? Num olhar que não precisa de ser muito atento, quem está muito mais exposto ao ridículo são os americanos que vão tendo contacto com Borat da Costa Leste à Oeste. De Nova Iorque a Los Angeles.
Aliás, ou muito me engano ou não foi o presidente do Cazaquistão quem ligou a George W. Bush a pedir que impedisse a exibição do filme nos Estados Unidos, por dar uma visão torcida da ex-república soviética. Não senhor. Fontes Bem Informadas (FBI) garantem que foi George W. Bush a telefonar (através daquelas linhas vermelhas secretas mas que metade dos espiões do Mundo, a começar pelos chineses, ouvem em alto e bom som...) ao presidente do Cazaquistão a fazer o seguinte pedido:

-- Nazarbayev, companheiro, tá tudo? O urânio para a Coreia do Norte saiu sem problemas? Fine, fine. Olha pá, tenho um favorzito a pedir-te. A malta aqui sabe de fonte segura (blair) que um tal de sacholas barão cohen, da família dos irmãos cohen (ai, tss, espera esses são americanos, está aqui a condoleeza a dizer)... Não interessa, o sacholas vai fazer um filme inspirado naquela figura ridícula que usou para apresentar os prémios MTV em Lisboa, aquela cidade cuja capital do país é as Lajes, tás a ver? No Atlântico? Ya, isso, a terra do Zé Manel. Bom, esse filme é mais chunga para nós do que para vocês, que aparecem como simples campónios. Então não é que o gajo filmou um rodeo onde fez a malta calorosamente bater palmas enquanto dizia de forma heróica que os nossos rapazes no Iraque estavam a limpar a sarampo a homens, mulheres e crianças? Eh pá, a malta aqui vive uma pseudo-democracia e se formos nós a levantar fervura com o filme vão cair-nos em cima acusando-nos de censura e de faltar a esse badalhoco direito constitucional de liberdade de expressão. Por isso, como aí está tudo habituado a que as críticas sejam logo condenadas pelo Governo, tens que ser tu, daí de Astana, a meter-te em bicos dos pés. Não é preciso gritar que eu peço uma ajuda aqui aos especialistas de cinema para te darem um pouco de ouvidos. Conto contigo.

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Delinquência infantil

Li na edição da semana passada do SOL uma notícia que me deixou intrigado. Então não é que uma menina de sete anos ameaçou um empregado de uma loja Wal-Mart, na Florida, com uma navalha com uma lâmina de sete centímetros, quando foi apanhada a roubar duas caixas de Lego? O pior de tudo é que foi chamada a polícia e mesmo assim a menina conseguiu fugir... de bicicleta, com as duas caixas debaixo do braço ou imagino, no cestinho da frente do seu veículo cor-de-rosa (da Barbie, provavelmente!). Também não estavam a ver a miúda a fugir num Ferrari Testarossa ou num Porsche Boxster, com tacos no acelerador por não conseguir chegar aos pedais.

Os crimes estão cada vez mais estranhos, embora reconheça que na tabela de valores da menina as caixas de Lego valessem mesmo a pena o crime. Afinal, quem era o empregado da loja para lhe dizer que ela não podia levar os brinquedos sem pagar? Quando muito terá respondido, enquanto ameaçava o funcionário com a dita navalha: "Não te preocupes que o meu pai depois passa por cá para pagar com o Visa. Eu quero é levar a mercadoria por antecipação".

Os legos podem ser mesmo uma droga...