MEL
Era uma vez. Não a primeira e por isso impossível olhar de relance. Fixou-se naquele rosto familiar já tantas vezes embevecido ao pormenor que quase podia dizer de cor quantas sardas tinha a colorir o nariz e que se estendiam pelas maçãs do rosto como a espuma das ondas em tempo de maré baixa.
Olhou e perguntou a si próprio quantas vezes tinha imaginado percorrer-lhe todos os pedacinhos da face que não tivessem ocupados pelas pequeninas pintas. Afogá-la de beijos enquanto entrelaçava os dedos no seu cabelo, subindo pela nuca até fazer meia-volta e regressar ao ponto de partida. Tomar-lhe o aroma por trás de uma orelha, sentir os seus arrepios e suster-lhe a respiração só para ir percorrendo corpo abaixo, peito repleto de ar carregado de emoções abismais. Vertiginosas. Montanha-russa irracional de descidas perigosas de onde ninguém pode prever o estado do regresso. E quem quer voltar? Ele quer... ao ponto de partida! Mãos a aveludar os braços, quase só com as pontas dos dedos. Movimento corporal contrário: subida na montanha-russa. Lábios num arrasto leve pelo pescoço acima, sem parar no queixo, percorrendo todos os limites possíveis e impossíveis do rosto, passando pelos lábios dela e continuando a subir pelo nariz até à testa. Volta a invadir uma orelha e sem sussurrar uma palavra, apenas com a respiração ritmadamente forte, conseguir arrancar tudo o que queria ouvir, em jeito de segredo revelado como solução final:
Sou a tua luz
Sou a tua cruz
Sou a tua flor
Sou a tua jura
A tua cura
Para o mal do amor
Sou a tua lua
A tua carne crua
Sobre o lençol
Sou a tua fonte
A tua ponte
Para o além de nós...*
*Adaptação da letra da música "Sou Sua" de Adriana Calcanhoto
Olhou e perguntou a si próprio quantas vezes tinha imaginado percorrer-lhe todos os pedacinhos da face que não tivessem ocupados pelas pequeninas pintas. Afogá-la de beijos enquanto entrelaçava os dedos no seu cabelo, subindo pela nuca até fazer meia-volta e regressar ao ponto de partida. Tomar-lhe o aroma por trás de uma orelha, sentir os seus arrepios e suster-lhe a respiração só para ir percorrendo corpo abaixo, peito repleto de ar carregado de emoções abismais. Vertiginosas. Montanha-russa irracional de descidas perigosas de onde ninguém pode prever o estado do regresso. E quem quer voltar? Ele quer... ao ponto de partida! Mãos a aveludar os braços, quase só com as pontas dos dedos. Movimento corporal contrário: subida na montanha-russa. Lábios num arrasto leve pelo pescoço acima, sem parar no queixo, percorrendo todos os limites possíveis e impossíveis do rosto, passando pelos lábios dela e continuando a subir pelo nariz até à testa. Volta a invadir uma orelha e sem sussurrar uma palavra, apenas com a respiração ritmadamente forte, conseguir arrancar tudo o que queria ouvir, em jeito de segredo revelado como solução final:
Sou a tua luz
Sou a tua cruz
Sou a tua flor
Sou a tua jura
A tua cura
Para o mal do amor
Sou a tua lua
A tua carne crua
Sobre o lençol
Sou a tua fonte
A tua ponte
Para o além de nós...*
*Adaptação da letra da música "Sou Sua" de Adriana Calcanhoto
eu faço como a SuperTiaMada.... desculpem, eu saio já...
Posted by Titas | 8:54 da tarde
E eu também...mas saio feliz!
Beijos doces para os dois :)
Posted by Mitsou | 2:38 da tarde
vá lá ao blog do amigo mzm ver a resposta que te deixei meu ingrato!!!
abraço!
Posted by Pedro | 11:03 da tarde
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