quinta-feira, novembro 23, 2006

Ganda pedra


Amesterdão quis bater um recorde e fazer o maior charro do Mundo: meio quilo de haxixe com um metro e meio de comprimento. Para que tudo fosse feito dentro da Lei, cada uma das 100 pessoas convidadas trazia cinco gramas (o máximo permitido na Holanda para consumo) e assim fazia-se tudo na paz e tranquilidade da janela legal. Só que a polícia soube das intenções (vá-se lá saber quem foi chibo...) e, na mesma paz e tranquilidade da mesma janela legal, alertou os mentores do projecto que TALVEZ a ideia não seja assim tão legal como à primeira vista possa parecer.
Conclusão: como a pedra era grande e quanto maior for mais depressa se afunda, ninguém quis naufragar em busca de um recorde tão digno como o clube com maior número de sócios do planeta. Com certeza que as 100 pessoas que já tinham tudo preparado para o festim, decidiram seguir em frente com a empresa, mas a retalho.

quarta-feira, novembro 22, 2006

Muito à frente

Se não fosse importante, não estaria aqui a escrevê-lo. Na semana passada, fruto de uma súbita sonolência - devidamente aproveitada... -, deixei o livro que andava a ler no comboio. Foi na sexta-feira e passei o fim-de-semana entre as estações à procura de quem o tivesse entregue. Mas já estava a perder as esperanças de o reaver. Só esperava que alguém o aproveitasse da melhor forma, sem ser financeiramente, como vendê-lo na Feira da Vandoma por meia dúzia de tostões.

Eis que hoje, regressado de dois dias de folga mal dormidas - parece que quanto mais desejo descansar é quando menos o consigo fazer - decidi passar, por descargo de consciência, de novo no Gabinete de Apoio ao Cliente da CP.
Já o facto de me perguntarem que livro era e a cor deixou-me em perfeita sensação de estar a ser puxado em direcção ao céu... Levitação!
Quando disse tudo o que havia para o descrever, inclusivamente a editora, o funcionário sorriu e disse que o livro deveria ter um grande valor sentimental. Ao que eu respondi:
- Têm todos. Sem excepção!
Roçam os limites do sagrado. Porque em cada palavra impressa, mais do que as perspectivas muito próprias do Mundo, estão contidas todas as emoções: as vividas ou, simplesmente, as imaginadas.

Obrigado CP, em particular ao revisor que entregou o livro.

sexta-feira, novembro 17, 2006

MEL

Era uma vez. Não a primeira e por isso impossível olhar de relance. Fixou-se naquele rosto familiar já tantas vezes embevecido ao pormenor que quase podia dizer de cor quantas sardas tinha a colorir o nariz e que se estendiam pelas maçãs do rosto como a espuma das ondas em tempo de maré baixa.

Olhou e perguntou a si próprio quantas vezes tinha imaginado percorrer-lhe todos os pedacinhos da face que não tivessem ocupados pelas pequeninas pintas. Afogá-la de beijos enquanto entrelaçava os dedos no seu cabelo, subindo pela nuca até fazer meia-volta e regressar ao ponto de partida. Tomar-lhe o aroma por trás de uma orelha, sentir os seus arrepios e suster-lhe a respiração só para ir percorrendo corpo abaixo, peito repleto de ar carregado de emoções abismais. Vertiginosas. Montanha-russa irracional de descidas perigosas de onde ninguém pode prever o estado do regresso. E quem quer voltar? Ele quer... ao ponto de partida! Mãos a aveludar os braços, quase só com as pontas dos dedos. Movimento corporal contrário: subida na montanha-russa. Lábios num arrasto leve pelo pescoço acima, sem parar no queixo, percorrendo todos os limites possíveis e impossíveis do rosto, passando pelos lábios dela e continuando a subir pelo nariz até à testa. Volta a invadir uma orelha e sem sussurrar uma palavra, apenas com a respiração ritmadamente forte, conseguir arrancar tudo o que queria ouvir, em jeito de segredo revelado como solução final:

Sou a tua luz
Sou a tua cruz
Sou a tua flor

Sou a tua jura
A tua cura
Para o mal do amor

Sou a tua lua
A tua carne crua
Sobre o lençol

Sou a tua fonte
A tua ponte
Para o além de nós...*

*Adaptação da letra da música "Sou Sua" de Adriana Calcanhoto

quarta-feira, novembro 15, 2006

Machos pós-modernos


Já andava para escrever isto há algum tempo porque uma das situações não é nova. Ou melhor, não é virgem, e assim entramos logo dentro do assunto. Nos meus mais que muitos regressos a casa pela noite dentro, enquanto espero pelo comboio em Campanhã (zona bárbara por excelência), costumo aproveitar para enganar o estômago com uma bifana num dos tascos mesmo em frente à estação. Por mais que escolha, vou sempre parar ao mesmo, por uma razão muito simples: quero verificar se o que assisti na vez anterior que lá estive foi anormal ou perfeitamente normal. Mas cada vez que lá entro não é só o estômago que engano. Eu próprio saio de lá enganado!

Quero que imaginem um tasco, frequentado por gente viril, dois empregados (um deles tem idade para ser filho do outro... e se calhar até são!), bem robustos, a condizer com a clientela, rapaziada com vidas (nocturnas) complicadas, que vão ali comer um caldo verde, uma bifana, uma taça de verde branco (ou tinto) mas sempre vinho que muitas cozinheiras pensariam duas vezes em colocar na comida como ingrediente, quanto mais levar à mesa para beber. Portanto, um ambiente, para lá das 23 horas, pesado só de partilhar o mesmo espaço quanto mais de conviver...

Ao contrário do que se possa pensar, a televisão não está ligada na SportTv. Das varias vezes que lá fui - mesmo em dias de jogo do FC Porto - o canal sintonizado transmite telenovelas. Sim, telenovelas. E todos os clientes, que parecem ser assíduos, observam atentamente o desenrolar dos acontecimentos, como se estivesse a dar a Gabriel Cravo e Canela pela primeira vez. Melhor: estão petrificados no pequeno ecrã como se estivessem a anunciar (antecipadamente) a chave correcta para o Euromilhões. Os empregados servem os clientes sem tirar os olhos da televisão, também porque já sabem onde estão as coisas. Telenoveleiros. Gajos que partem logo para a porrada se alguém tem o azar de estacionar ao lado e não deixa espaço para uma manobra mais folgada... Gajos que passam a vida com o palito enfiado nos dentes, arrotam depois de uma cerveja e coçam a tomatada de meia em meia-hora. Enfim, gajos...

Para acrescentar, de táxi da estação para casa, o motorista não podia ser mais esquisito. Muito forte, barrigudo (ainda por cima andava com o volante colado à barriga e, ou muito me engano, nas curvas bem dadas roçava nas partes baixas), completamente careca, na casa dos 30 e muitos. Obviamente que me atirei ao Mercedes com melhor aspecto (Classe E com apenas 10.000 kms), o que não deixa de ser o engodo perfeito para quem anda à pesca. Assustei-me só com a música: estava a dar o YMCA, dos Village People. Rádio, só pode ser. Não, era mesmo CD. A sério que imaginei que o homem estivesse a usar meias de liga e cuecas rendadas. A seguir vieram os Imagination e depois as Sister Sledge "We Are Family". Mau, mau maria, onde eu me vim meter. Da próxima vou no Peugeot 504, de 1976, mesmo correndo o risco de ter de empurrar a viatura a meio do caminho!

O homem até podia, tal como eu, gostar SIMPLESMENTE de Disco Sound. Mas não me pareceu. Havia ali mais qualquer coisa. Piquinho a azedo como diz a minha mulher...
Bom, ela também diz que quanto mais aversão se tem a estas espécies (cada vez menos em vias de extinção) mais latente se torna a nossa própria homossexualidade. Com isso até vivo eu muito bem. Mas esta incongruência e incompatibilidade biológico-hormonal deixam-me baralhado. Será este o perfil do macho pós-moderno?

quinta-feira, novembro 09, 2006

Desfibrilador is in da HOUSE

Não aguento tanta emoção. O meu coração não suporta tanta adrenalina televisiva. Nunca pensei poder vir a dizer isto, mas Obrigado TVI. Obrigado mesmo. Muito obrigado. Depois de algum tempo sem saber o que ver e fazer com o comando da televisão, depois de ter ficado verdadeiramente petrificado com o último episódio do Dr. House, eis que de repente, vindo do nada, sem aviso prévio, em três dias apenas já deram seis episódios da nova série. SEIS, meu Deus. É demais. Estou no limite de uma doce overdose.
Lembrando a velha publicidade do pudim Danone "Não pares, não pares... TVI". Por isso é que já encomendei um desfibrilador, não vá precisar de uma reanimação, se este ritmo continuar.
Já nem me importo com o horário proibitivo a que é transmitida a série. Quero lá saber. São dois episódios por dia. DOIS!!!! E nem fico a espumar de raiva com os 20 minutos seguidos de publicidade, tão típico na TVI. Quero lá saber. Já vi SEIS episódios em três dias. S-E-I-S! Que em latim é sex. Quererá dizer alguma coisa? Provavelmente, pois segundo li no site da Fox, na série que está a passar nos Estados Unidos, a directora do hospital, Lisa Cuddy, está a pensar em ter um filho e está muito inclinada a que seja Gregory House o pai. Apre!

quarta-feira, novembro 08, 2006

Acção Social


A Câmara Municipal de Tomar acaba de anunciar uma medida social de elevado grau de sensibilidade.

Ora, paredes meias com o Rio Nabão, existe, há vários anos, um bairro de barracas ciganas, ali para os lados do mercado (não sei se ainda é aí a feirinha de sexta-feira).

Conheço bem a zona porque foi aí que comecei a dar os primeiros chutos.

A Câmara Municipal de Tomar, liderada pelo social-democrata Sr. Paiva, decidiu, aplauda-se, instalar uma plataforma mais elevada, de forma a que o dito bairro não sofra as intempéries das constantes subidas do caudal do rio.

Vários anos, dezenas de cheias depois, o autarca tomou a primeira medida social. Louvores ao Paiva!!!

O Sr. Paiva, sensível a estas causas, dizem os nabantinos, prepara-se para mais algumas do género:
- Consta-se que poderá até oferecer, com o patrocínio da CIN, várias latas de tinta para que as barracas sejam pintadas;
- Vai instalar gratuitamente TV Cabo e serviço de internet sem fios, para que as antenas parabólicas desapareçam dos telhados das moradias;
- Tem pensada a possibilidade de criar um grande espaço verde para usufruto dos habitantes do bairro;
- Haverá aí uma paragem obrigatória dos transportes públicos, tal a multidão que aí habita.
- Ou mesmo e por fim, oferecerá vários botes de borracha, para que os haveres dos ciganos sejam facilmente transportados e salvos, no caso da plataforma não ser alta o suficiente para os livrar das cheias.

Ó Paiva! Mete a plataforma no cú e oferece condições condignas a todos!!

PS: Comecei os chutos naquela zona porque foi aí, no velhinho campo de treinos da União, que comecei a minha descendente carreira de futebolista.

segunda-feira, novembro 06, 2006

Ecrãs de afectos


Francisquinha e Manel tratam-se por você. São irmãos. De tenra idade.
Zé e Didi tratam-se por você. São casados.
Zé e Didi tratam Francisquinha e Manel por você. São pais deles.
Francisquinha e Manel tratam Zé e Didi por você. São parvos. Porque os pais a isso obrigam.
Vem esta embrulhada toda a propósito dos afectos.
Sempre, como hoje, o afecto faz parte do crescimento individual.
Como sabe bem um beijo, um abraço, um carinho. Uma palavra de conforto.
Como sabe bem dizer "amo-te", "gosto de ti", "tenho saudades tuas".
Como sabe bem ouvir estas palavras.
Aquecem-nos a alma. Fazem-nos viver.
Como é triste ver, hoje, os pais (e outros) a desleixaram por completo o seu papel. Abandonam a missão. Transformam-se em máquinas frias, desprovidas de qualquer calor.
Os filhos (e outros), esses, pagam por tabela. Aprendem bem o exemplo. Descuram o amor ao próximo. Deixam de amar. Deixam de oferecer felicidade.
Triste, mais, é saciar alguém com presentes físicos. De alto, ou nem tanto, valor monetário.
Mais importante que ter um amigo, é ter uma merda qualquer, melhor ou mais cara que a de outrém.
Triste, muito triste, é ver as viagens para casa, de carro, transformadas em passeios sem chama, sem amor. Sem uma única palavra ou atenção.
Ás crianças, normalmente, é-lhes oferecida a possibilidade de assistirem a um "replay" de um qualquer DVD no banco traseiro.
Em silêncio. Faz-se a viagem. Como se fosse uma viagem para lado nenhum.
Importante é o silêncio. Importante é que não chateiem. Importante é que adormeçam. Assim, é mais fácil.
Assim, o amor necessário é oferecido por um ecrã.
Os pais (e outros), os filhos (e outros), morrem nestas sensações.
Como são tristes, estes ecrãs de afecto.
E vem aí o Natal...

domingo, novembro 05, 2006

A verga ou não perdes pela demora...

Estou pasmado, ou como diz a minha querida SuperTia Madalena, espantado de existir. O espanto não é da minha existência, mas da de Carlo Cudicini, o guarda-redes italiano do Chelsea.

O rapaz, treinado pelo bilioso José Mourinho, teve a lata de dizer que deixará o Chelsea se não voltar a jogar de início. Tenho duas teorias para um episódio desta magnitude futebolísitca, conhecendo nós como conhecemos o "Special One". Vou começar pela mais óbvia e a mais que provável:

- Cudicini é estúpido, ainda não conhece Mourinho e não perde pela demora depois de uma afirmação destas. Ou então conhece-o bem e quer, simplesmente, ir-se embora do Chelsea porque não aguenta a metereologia britânica e tem saudades do sol mediterrânico.

- Cudicini vai ficar conhecido no futebol mundial por ter sido a verga de Mourinho. Se o guarda-redes italiano saltar mesmo do banco de suplentes para roubar o lugar que Hilário tem vindo a ocupar com tanto mérito, a imagem do mais famoso técnico português no mais mediático desporto do globo fica comprometida. Quando Mourinho começar com as suas postas de pescada nas salas de imprensa de qualquer estádio, os jornalistas sempre podem dizer: «Mourinho, deixe-se dessas coisas ou é preciso chamarmos o Cudicini?!», e lá vem a sua faceta de cordeiro ao de cima... Se Cudicini voltar a defender as redes do Chelsea, o futebol nunca mais será o mesmo.

Relembro que a última vez que um jogador afrontou Mourinho, um brasileiro chamado Carlos Alberto - que mandou-o "tomar no cú", com todas as letras, no meio do treino e à frente do resto do plnatel - ficou castigado por duas semana, e foi vendido logo no final dessa mesma época e está a tentar sobreviver à desgraça que graça no Corinthias. Mas, ressalve-se, Mourinho ainda espremeu bem o brasuca: não sei o que lhe disse, ou se alguma vez o perdoou, mas depois desse episódio, ainda o colocou a jogar na final da Liga dos Campeões, com o Mónaco, e Carlos Alberto marcou mesmo um golo.

Ou muito me engano, ou Cudicini não perde pela demora!

P.S. Também não será de excluir a hipótese de a fonte das afirmações de Cudicini terem sido os tablóides britânicos e ser tudo mentira.

sexta-feira, novembro 03, 2006

Papo a papo enche a galinha o pão

Convidado, vá-se lá saber a que propósito, para nesta Linguagem Gutural prosar, aqui deixo então, e de uma forma humilde e confusionista, o meu primeiro testemunho.

Certo que, dos vários "papos" que se batem, as galinhas são, amiúde, aquelas que mais ganham no amasso ao pão.

Assim seja, então!
Levante-se o pano:

ELA I: Então, como vai a vida de casada?
ELA II: Uma merda. Já não aguento tanta conversa. Decididamente, não fui para isto feita!
ELA I: Não foste para isso feita como? Sempre foi o teu sonho...
ELA II: Sim, sempre foi o meu sonho! Isso é verdade. Mas não sou mulher de um homem só.
ELA I: Como?!?? Já...
ELA II: Logo na primeira semana! Primeiro foi para matar saudades do P. Mas depois... começamos a sair sempre que o R. chegava tarde a casa ou tinha de passar fins de semana fora. Depois veio o X., o B. e o T.
ELA I: Não acredito nisso. Mas como conseguiste? Tu, que sempre foste tão púdica!
ELA II: Da mesma forma que tu és a responsável pelas chegadas tardias do R. a casa ou pelos fins de semana em que ele se ausenta!
ELA I: Bem... isso pouco interessa agora. Quando nos encontramos, com tempo apenas para nós?

(Valeu pela tentativa. Prometo que no próximo post me esforçarei ainda mais)

Olhai as chamas do inferno


Há coisas que à primeira vista me fazem uma confusão dos diabos. Dos diabos mesmo porque neste caso concreto há quem goste de apregoar que todos devemos fazer por garantir um lugar no Céu mas, entretanto, goste de contemplar as chamas do Inferno.
Fiquei pasmado quando vi que as obras de restauro dos Clérigos têm uma tarja de protecção enorme com publicidade à cerveja Bohemia. Acho muito bem que o mecenato comece a funcionar, de algum modo, de forma a aliviar o já pesado erário público. Mas a razão da minha admiração teve a ver com o facto de tratar-se de uma bebida alcoólica, ainda para mais quando a imagem da mesma marca (Pierce Brosnan indissociável do agente 007) representa luxo, violência e uma certa perversão sexual, ou não fosse o homem um verdadeiro zezé camarinha com nível e com licença para matar.

Calma!, não me achem já um puritano e leiam tudo até ao fim.

A verdade é que há muita gente que até se identifique com esse estilo de vida (ou pelo menos anseiam-no secretamente...), tal como eu. Afinal, quem não gostaria de ter o passaporte tão carimbado como o James Bond e ter uma rodagem feminina, dentro dos seus padrões de exigência – obviamente... – como o famoso espião britânico? Mas uma coisa somos nós, meros pecadores e a léguas do tão merecido Céu e outra bastante diferente é as obras de restauro de uma igreja ser coberta em grande plano com o símbolo da – aos olhos do catolicismo – decadência cristã!

Muitos até podem dizer que não é a Igreja que explora os Clérigos mas sim a Câmara Municipal, como parece que é o caso, mas não deixa de ser uma igreja e, como tal, um local de culto, por isso, sagrado.
Sagrado, mas conspurcado com cerveja – ainda que a bebida tenha sido muito bem aperfeiçoada por monges medievais... – e com uma designação leviana: BOHEMIA. Pior não podia ser.

Não, peço desculpa. Pior pode ser, sim senhor. Imagino que para o orgulho portuense, pior do que uma cerveja patrocinar as obras dos Clérigos é o facto de ela ser de Lisboa. Sim, porque a Bohemia é da Sagres e no Porto, orgulhosamente, só se bebe Super Bock!

Mas seria impossível a Centralcer não aproveitar uma oportunidade desta envergadura e facturar em terreno inimigo (da Unicer). Estamos a falar do mais emblemático edifício da Invicta, bem no centro da cidade e com tarjas que se vêm até do Dragão! Mas que grande golpe publicitário.
Não podiam usar Luso ou Frisumo. Não! Isso seria muito soft. Com certeza que depois da Bohemia podemos ainda ver a Ivete Sangalo, em trajes bem baianos, a fazer publicidade à Chopp. Quentinho. A condizer com a temperatura do Inferno.